Quem trabalhou com carteira assinada entre 1971 e 1988 talvez nem imagine que tenha valores no PIS/Pasep, mas pode ter uma quantia esquecida esperando para ser retirada. Isso mesmo: valores do antigo Fundo PIS/Pasep, que ficaram parados por anos, ainda podem ser sacados.
Muita gente nem sabe que tem esse direito. O tempo passou, os nomes mudaram, os bancos mudaram, mas os valores continuam lá, vinculados ao CPF dos titulares e também dos herdeiros, quando o beneficiário já faleceu.
Esse tipo de notícia pode parecer distante, até que você se vê lembrando daquele parente que trabalhou por décadas no setor público ou numa empresa privada. E, de repente, aquele dinheiro esquecido pode virar uma ajuda que faz toda a diferença.
Sumário
- O que é o Fundo PIS/Pasep?
- Quem pode receber os valores?
- Como fazer a consulta
- Prazo para retirada
- E se não encontrar nada?
- Situação dos herdeiros
- O valor pode ser alto?
- Como receber o valor?
- Dúvidas frequentes
O que é o Fundo PIS/Pasep?
Durante muitos anos, os trabalhadores brasileiros tiveram parte de suas contribuições depositadas em um fundo conhecido como PIS/Pasep. O PIS era destinado aos empregados de empresas privadas, enquanto o Pasep contemplava os servidores públicos. Esses depósitos foram feitos entre 1971 e 1988.
Na prática, esse fundo funcionava como uma poupança compulsória, sem muito conhecimento por parte do trabalhador. E por mais que esse modelo tenha sido descontinuado, os valores continuam existindo e precisam ser resgatados. Com a criação do FGTS como sistema principal de benefícios, o saldo do Fundo PIS/Pasep foi transferido para a Caixa Econômica Federal, sob administração do FGTS.
Quem pode receber os valores?
O direito ao resgate está garantido para todos os trabalhadores com saldo no Fundo entre 1971 e 1988. Se a pessoa já faleceu, o valor pode ser retirado por herdeiros legais, mediante apresentação dos documentos exigidos.
Não é necessário ter contribuído de forma contínua durante todo o período. Basta ter ao menos um registro de depósito entre 1971 e 1988. Vale reforçar que essa possibilidade vale tanto para quem trabalhou no setor público quanto para quem esteve no setor privado durante aquele período.
Como fazer a consulta
O jeito mais prático de descobrir se há algo disponível é pela internet. Lançada recentemente, a plataforma REPIS Cidadão permite consultar e solicitar o saque de forma online. Desenvolvida pelo Serpro para o Ministério da Fazenda, ela é simples de usar, mesmo para quem não tem muita experiência com tecnologia. O acesso exige uma conta Gov.br nível prata ou ouro, garantindo segurança dos dados.
A Caixa Econômica Federal também disponibiliza através do seu site. Ao acessar, é possível consultar com o número do CPF ou NIS (PIS ou Pasep).
Outra opção é usar o aplicativo FGTS. Nele, além de verificar a existência do saldo, dá para solicitar o saque e indicar uma conta para transferência. Se for o caso de herdeiros, o processo exige a apresentação de documentos como certidão de óbito, identificação pessoal e comprovação de vínculo com o falecido.

Prazo para retirada
De acordo com informações oficiais do governo, pedidos realizados até o fim deste ano (31 de dezembro) poderão ser sacados até o dia 26 de janeiro de 2026. O prazo final para solicitação, entretanto, vai até 2028. Após esse prazo, o valor será repassado definitivamente para o Tesouro Nacional.
Quem perder o prazo corre o risco de não conseguir mais acessar esse dinheiro. Mesmo que os valores tenham sido deixados de lado por muitos anos, o governo estabeleceu uma data limite. Por isso, é hora de verificar se há algum valor em seu nome ou em nome de alguém da família.
E se não encontrar nada?
Muita gente pode consultar e não encontrar valores. Isso pode acontecer por vários motivos: talvez a pessoa não tenha tido saldo, já tenha sacado sem saber ou não se enquadre nas regras da época. Mesmo assim, vale a pena checar.
Além disso, há situações em que o nome aparece com divergências ou dados desatualizados. Nestes casos, o melhor caminho é procurar uma agência da Caixa, levando documentos pessoais e, se possível, comprovantes da época de trabalho.
Situação dos herdeiros
Para quem perdeu um familiar que trabalhou nesse período, a dica é conversar com outros membros da família e tentar reunir documentos que comprovem o vínculo e o direito. Herdeiros podem solicitar o saque, mesmo anos após o falecimento, desde que estejam com toda a documentação certa.
Vale lembrar que esse dinheiro é um direito garantido e reconhecido por lei. E como envolve um fundo formado por contribuições do trabalhador, o resgate não depende de processo judicial nem de burocracia exagerada, só é necessário comprovar o vínculo.
O valor pode ser alto?
Depende da quantidade de anos trabalhados e dos depósitos feitos. Alguns saldos são pequenos, mas há casos em que o valor acumulado passa de mil reais. Para muitas famílias, esse dinheiro pode ser usado em despesas do dia a dia, para pagar dívidas ou até guardar como reserva.
Mesmo que o valor não seja alto, pode fazer diferença. E o melhor: é um recurso que já pertence ao trabalhador ou a seus herdeiros, sem desconto nem cobrança de imposto.
Como receber o valor?
Após a confirmação do saldo no site ou aplicativo, disponível para Android e iOS, a solicitação pode be feita diretamente pelo app FGTS. Quem preferir pode ir até uma agência da Caixa.
Para herdeiros, o processo é sempre feito presencialmente. Levar toda a documentação evita atrasos.
Dúvidas frequentes
- Quem tem direito ao PIS/Pasep antigo? Trabalhadores com carteira assinada ou servidores públicos entre 1971 e 1988, ou seus herdeiros.
- Como saber meu número PIS/Pasep? Consulte a Carteira de Trabalho, o aplicativo FGTS ou uma agência da Caixa.
- O saque tem prazo? Sim, até 2028. Após isso, os valores vão para o Tesouro Nacional.
- Herdeiros precisam de quais documentos? Certidão de dependentes, autorização judicial ou escritura pública, além de identificação.
- O REPIS Cidadão é seguro? Sim, usa autenticação Gov.br.
Esse tipo de oportunidade não aparece todo dia. E quando envolve algo que já pertence ao trabalhador ou à família, vale ainda mais a pena ir atrás. Com uma simples consulta, é possível descobrir um valor que estava esquecido, mas que pode ajudar a resolver pendências ou trazer um pouco mais de tranquilidade para o bolso.
Agora que você já sabe como funciona, que tal dar aquela olhada e ver se há algo esperando por você ou por alguém da sua família?
Para ver mais detalhes sobre como acessar esse valor, assista ao vídeo abaixo:













